quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Rave in Sabar

Ela vinha de uma galàxia diferente. Cheia de luzes das estrelas que cada ente propagava. Energias transparentes visiveis lançadas para o territòrio e o inanimado adquiria vida. Brincavam com os candelabros gigantes da lua, passeavam nas crateras azuis, dormiam no horizonte do cèu e oravam aos planetas pela paz cósmica. Eram entes mágicos que cozinhavam quadaradinhos de chocolate, divinos. Mantinham uma beleza eterial. Emanava deles um fascìnio submetidos a uma realidade altamente perceptiva, com um brilho especial. Havia som por toda a galàxia , rock português progressivo ... pela madrugada corria o som de mao morta "tenho um grilo falante ! tive um ideia vamos fugir vamos fugir " Encenaçoes , expressoes, corpos que movem. metamorfosis porque adquiriam novas formas novas tonalidades , uma rave numa galàxia diferente.
E enquanto a rave durava nao havia sol. Iluminados pela sabedoria da lua em raios elèctricos que ajudava à libertaçao do ser . Os caminhos de terra eram preenchidos por pequenos homens e pequenas mulheres de branco, em formas bizarras ... pela noite iam se transformando em cavalos alados, em serpentes màgicas, feiticeiros de vestidos azul eléctrico, princesas que oram às florestas màgicas, principes que nadam nús nos lagos. A transferência da realidade para o mundo sensìvel da arte da fantasia. O som nao pára nunca. "das minhas maos distribuo a embriaguês a estupefacçao gozo e tormento dos corpos adormecidos " uma nuvem de rock português para uma galàxia diferente ... lavagem cerebral sonora. Texturas policromàticas, tapetes màgicos de som .... viagens de extases planetários, distorçoes da realidade, figuras geométricas altamente desconstrutivas, uma fogueira pela manha, um frio que arrepia e faz pensar no tempo dos glaciares quando a terra pertencia aos homens lagartos que experimentavam diferentes prazeres para expandir a consciência ... curto circuito cerebral . A rave continuava em visoes multicoloridas cènicas, os feixes de luz branca atravessavam a montanha e formavam esculturas de gelo. As raparigas e os rapazes dançavam e recebiam o amanhecer com expressoes encantatórias. A música nao parava. As fogueiras ardiam e pela atmosfera sentiu se um eterno éter que todas aspiravam em preces ao ente mágico que deambula pelas estradas de luz .

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