quinta-feira, 16 de agosto de 2007

"Os padrões de vida e de trabalho variavam de aldeia para aldeia. Na Andaluzia, onde era muito forte uma tendência ascética, propunha-se, como ideal, uma simplificação da existência que levaria a uma pobreza digna, livre e partilhada. Em Aragão e na Catalunha a população, mais progressista, desejava melhorar os processos de cultivo; prevaleceu portanto uma tendência para adoptar métodos científicos e para mecanizar o mais possível o trabalho agrícola. Quase todas as povoações colectivizadas tinham uma consciência aguda da necessidade de promover a instrução, concebendo planos audiciosos para acabar com o analfabetismo; procuraram por outro lado criar serviços médicos e desenvolveram os meios de assitência aos trabalhadores incapacitados .
É dificil emitir um juízo geral sobre o exito da colectivização agrária, pois em parte alguma durou essa experiência mais do que duas épocas agrícolas e meia, e em algumas regiões em que a avançada nacionalista foi mais rápida, não chegou a sobreviver à primeira colheita. Uma coisa é certa: pela primeira vez de que há memória, em muitas regiões de Espanha houve trabalho e alimento, senão luxo, para todos. Terras incultas há gerações, foram lavradas, e ninguém teve de sofrer os efeitos da fome. "

in o Anarquismo
George Woodcock

dedicado aos Mão morta

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