quinta-feira, 30 de agosto de 2007

" Uma caixa de Pandora em Moscovo "

" Uma das distorções relacionar-se-ia com as políticas de terror aplicadas pelos soviéticos da NKVD (polícia secreta sovietica ) e os seus congéneres dos partidos ligados a Moscovo, como o Partido Comunista Espanhol (PCE) e o Partido Socialista Unificado da Catalunha (PSUG) sobre os milicianos anarquistas "poumistas" e trotskistas das Brigadas Internacionais . "De conjunto, sem dúvida exagerou se muito os relatos das políticas de terror soviéticas." Para Kowalsky "está claro que nem o Kremlim, nem o Comintern tinham a sofisticação logística para levar a cabo uma repressão geral sobre os quadros orgânicos (das Brigadas Internacionais).

A confirmar a tese do exagero", ele aponta o facto de nao ter sido encontrada nenhuma prova documental, nos arquivos moscovitas pesquisados após 1991, das actividades de Alexander Orlov como chefe da NKVD. " Para ser supostamente o soviético mais poderoso em Espanha não deixou nenhum rasto ", alega Kowalsky. Mas não é essa a opinião de outros investigadores. Para o historiador Angel Vinas, o homem como apontado pela prisão e morte, em Junho de 1937, de Andrés Nin, dirigente do POUM (Partido Operário de Unificação marxista) organização independente de Moscovo deixou, pelo contrario, muitas provas da sua participação na repressão aos milicianos e sindicalistas que nao seguiem a cartilha de Estaline.
"Orlov, que em 1938, já como chefe da NKVD em Espanha, desertou para o ocidente, enganou toda a gente sobre o seu autêntico papel na guerra civil: o FBI os políticos e jornalistas norte americanos e inumeros historiadores " escreveu Vinas . "Graças a uma combinação de documentos procedentes dos arquivos russos, já conhecidos e de documentação extraída dos arquivos republicanos, até agora só parcialmente conhecida, é possível reconstruir os traços essenciais da operação traçada por Orlov." Vinas refere-se à operação que resultou no assassinato de Andrés Nin ",

in "História"
Julho/Agosto 2007

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